terça-feira, 23 de setembro de 2008

Maya Angelou

Em abril, Maya Angelou foi entrevistada por Oprah Winfrey na passagem de seu aniversário, mais de 70. Oprah perguntou o que ela sente diante da velhice que chega. Resposta: 'animada'.
Comentando as mudanças no corpo, disse que há muitas, a cada dia. Como os peitos, que estão competindo um com o outro para ver qual chega primeiro à cintura. A platéia riu de chorar.
Uma das grandes vozes do nosso tempo, Maya Angelou é uma mulher simples, direta, cheia de sabedoria... Alguns exemplos:
Aprendi que aconteça o que acontecer, pode até parecer ruim hoje, mas a vida continua e amanhã melhora.
Aprendi que dá para descobrir muita coisa a respeito de uma pessoa observando-se como ela lida com três coisas: dia de chuva, bagagem perdida, luzes de árvore de Natal emboladas.
Aprendi que, independentemente da relação que você tenha com seus pais, vai ter saudade deles quando se forem.
Aprendi que 'ganhar a vida' (making a living) não é o mesmo que 'ter uma vida' (making a life). Aprendi que a vida às vezes nos oferece uma segunda oportunidade.
Aprendi que a gente não deve viver tentando agarrar tudo pela vida afora; tem que saber abrir mão de algumas coisas.
Aprendi que quando decido alguma coisa com o coração, em geral vem a ser a decisão correta.
Aprendi que mesmo quando tenho dores, não tenho que ser um saco.
Aprendi que todo dia a gente deve estender a mão e tocar alguém. As pessoas adoram um abraço apertado, ou mesmo um simples tapinha nas costas.
Aprendi que ainda tenho muito o que aprender.
Aprendi que as pessoas esquecem o que você diz, esquecem o que você faz, mas não esquecem como você faz com que se sintam.

'Cuidado com os burros motivados'

O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Em 'Heróis de Verdade', o escritor combate a supervalorização das Aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.

Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki — Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

O Sr. citaria exemplos?
Shinyashiki — Quando eu nasci minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito '100% Jardim Irene'.
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
Qual o resultado disso?
Shinyashiki — Paranóia e depressão cada vez mais precoce. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos.
Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
Por quê?
Shinyashiki — O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras.
Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
Há um script estabelecido?
Shinyashiki — Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz?
'Qual é seu defeito?' Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: 'Eu mergulho de cabeça na empresa.
'Preciso aprender a relaxar'. É exatamente o que o Chefe quer escutar.
Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: 'Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir'. Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?
Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki — Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado.
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki — Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki — Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis.
Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia:
'Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki — Exatamente.
A gente não é super-herói nem super fracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso.
Hoje, muitas pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki — Tenho minhas angústias e inseguranças.
Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo.
Um amigão me perguntou: 'Quem decidiu publicar esse livro?' Eu respondi que tinha sido eu.. O erro foi meu. Não preciso mentir.
Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki — O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
São três fraquezas.
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amado (a) e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki — A sociedade quer definir o que é certo.
São quatro loucuras da sociedade.
A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.
A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe!
Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
'Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz'.

Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada.
Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

carta de um idoso

Compreenda-me!

Se meu andar é hesitante, minhas pernas trêmulas e minhas mãos também, ampare-me...
Se minha audição não é boa e tenho que me esforçar para ouvir, o que você está dizendo, tenha compaixão...
Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência..
Se minhas mãos tremem e derrubo comida na mesa e no chão, por favor, não se irrite, tentei fazer o melhor que pude.
Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu, para não conversar comigo, sinto-me só...
Se você na sua sensibilidade, me vir triste e só, simplesmente partilhe um sorriso e seja solidário...
Se lhe contei pela terceira vez a mesma história, num só dia, não me repreenda, simplesmente ouça-me...
Se me comporto como criança, cerque-me de carinho..
Se estou com medo da morte e tento negá-la, ajuda-me na preparação do “adeus”...
Se estou doente e sendo um peso, não me abandone nunca”...
Pense nisso e reflita.

Medíocres X Inovadores

“No ambiente de trabalho, assim como na vida comum, a mediocridade é maioria: a maior parte das pessoas não arrisca, não inova, não se compromete, se preocupa o tempo todo em armar-se em sua própria defesa, e nunca se expõe. Passa o tempo atirando pedras sobre aquelas que inovam, que arriscam, que se expõem. Para sorte dos medíocres, os inovadores correm riscos. Às vezes esses riscos se transformam em perda, os inovadores se vão, e os medíocres ficam.

A mediocridade é, também, muito conveniente: não questiona, não ameaça, não põe à prova. Convive facilmente com qualquer situação, e participa de qualquer jogo de poder. Por isso, as pessoas ficam. E ficam também porque sabem que, se forem embora, não vão mais conseguir uma situação semelhante.

A mediocridade está presente em todos os níveis de cada sociedade ou organização. Mantém presença intensa mesmo onde a criatividade e a inovação são elementos básicos, como, por exemplo, nas artes.

Na verdade, ser medíocre é o mais fácil. Como o mato, que cresce onde nada mais nobre foi plantado. E, uma vez crescido, impede o nascimento de qualquer outra coisa. Precisa ser removido por um trabalho externo, para dar lugar a plantação mais produtiva. Com as pessoas não é diferente, mas esse trabalho externo, de remoção, é muito penoso, combatido, porque a mediocridade, ao contrário do mato, reage. E reage a seu modo, trançando teias de amarração por debaixo do pano, minando as ações, lançando pequenas armadilhas, criando obstáculos, e tudo muito nebuloso, pardacento, para que não tenha que ser assumido. E acaba dando certo, porque é pouco freqüente que haja vontade política suficiente para fazer essas remoções a qualquer custo. Eis porque a mediocridade vence. Não é uma vitória justa, bonita. Mas é real, na prática.

Percorra-se todas as empresas comerciais, de serviços, industriais, artísticas etc., e na grande maioria se vai encontrar a mesma situação: a mediocridade implantada, entrincheirada, e histórias sobre profissionais que tentaram isso ou aquilo, e passaram. E não faltará um sorriso irônico na boca de um ou outro medíocre, como a dizer “nós é que sabemos o que é bom ou ruim para esta empresa”. São esses que iniciam a imediata destruição de tudo o que os inovadores fizeram, tão logo conseguem afastá-los de seus territórios. As exceções são empresas em que a inovação encontrou espaço próprio, domesticou a mediocridade, e a utiliza onde não pode ser daninha. Essas empresas são, invariavelmente, bem-sucedidas, e se caracterizam também por não fazer alarde disso.

Medíocres e inovadores são como água e azeite: nunca se misturam. Mas, diferentemente desses dois elementos, não se ignoram: os inovadores se obrigam a sempre incluir a preocupação com os atos dos medíocres em seus planos de ação, e os medíocres estão sempre atentos aos passos dos inovadores para encontrar a chance de colocar cascas de bananas no caminho. Medíocres se aliam a medíocres, e inovadores a inovadores. As ligações dos medíocres, entretanto, são mais perigosas, porque são baseadas em ameaças veladas, do tipo “fica comigo porque senão jogo cascas no seu caminho também”. Para um medíocre, uma casca representa um risco maior do que para um inovador, porque não tem energia para se levantar e prosseguir sem dano moral.

O preço que o medíocre paga é nunca se destacar positivamente. Isso não chega a ser um problema, porque o medíocre não quer ser destaque. Ao contrário, quanto menos notado, melhor. Às vezes, acontece o acidente inverso: o medíocre é pilhado sendo medíocre onde seria necessário inovar. Aí é um vexame, mas acontece pouco e não chega a afetar a maioria.

Não há nenhuma categoria intermediária entre inovadores e medíocres: ou se é inovador, ou se é medíocre. Dentro desses dois grupos existe a divisão em grupos com diferentes graus de honestidade, energia, carisma, inteligência etc., mas permanecem as atitudes básicas.

Não é só em nosso país que existe essa realidade, mas também no dito Primeiro Mundo. Variam as razões de disputa, e os cacifes dos envolvidos, mas as situações se repetem. E, como somos dependentes econômicos de um sem-número de multinacionais, importamos mediocridade também. Recebemos dirigentes, funcionários e decisões tão medíocres que levamos algum tempo para acreditar que é aquilo mesmo, e que não há nada mais a entender.

Qual o destino dos inovadores? Em geral, num primeiro momento, a marginalidade profissional. Depois, os que tiverem sorte acabam encontrando um nicho de trabalho onde a mediocridade está controlada. Outros, com tenacidade, iniciam nichos desse tipo. O restante permanece na marginalidade, ou se bandeia para atuar disfarçado dentro da mediocridade. Essa realidade é perversa, mas é realidade, e é necessário conviver com ela. Inovadores do mundo, uni-vos! Os medíocres não sabem, mas já estão automaticamente unidos pela própria mediocridade. Cabe aos inovadores realizar esforços para mudar essa condição. Este artigo irá provavelmente trazer algum estímulo aos inovadores. Quanto aos medíocres, não irão se ver neste espelho. Mais ainda, irão considerar o artigo vago e inconsistente: “Não sei do que o autor está falando”.

(Roldo Goi Júnior, engenheiro mecânico, em artigo publicado no caderno Empresas de O Estado de S. Paulo em 19/8/1994, via coleção do escritor Renato Modernell).

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Henfil

Por muito tempo, eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. aí sim, a vida de verdade começaria.
Por fim, cheguei à conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade. Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho! Assim, aproveite todos os momentos que você tem. E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se que o tempo não espera ninguém.
Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade; até que você volte para a faculdade; até que você perca 5 kg; até que você ganhe 5 kg; até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case; até que você se divorcie; até sexta à noite até segunda de manhã; até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova; até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos; até o próximo verão, outono, inverno; até que você esteja aposentado; até que a sua música toque; até que você tenha terminado seu drink; até que você esteja sóbrio de novo; até que você morra; e decida que não há hora melhor para ser feliz do que agora mesmo...
Lembre-se: felicidade é uma viagem, não um destino.

domingo, 14 de setembro de 2008

Pessoas Estrelas... autor desconhecido

Existe algo mais espetacular e curioso que gente?
Pessoas são Estrelas, e há aquelas que são cometas.

Os cometas passam, as estrelas permanecem.
Há muita gente cometa,passa pela vida da gente apenas
por instantes, gente que não se prende a ninguém,
sem amigos, que passam pela vida, sem iluminar,
sem aquecer, sem marcar presença...

Mas o mais importante é ser Estrela!,
é estar presente, estar junto, ser luz
ser calor, ser vida!
Amigo é Estrela!!!

Podem passar os anos, surgir distâncias, mas a marca
fica no coração, e muitos são cometas por um momento.

Ser cometa, é não ser amigo, é ser companheiro por instantes,
é explorar sentimentos é ser aproveitador das pessoas
e das situações é fazer acreditar, desacreditar ao mesmo tempo,
a solidão é resultado de uma vida cometa...
ninguém fica, todos passam, e a gente também passa pelos outros.

Precisamos urgente, criar um mundo de estrelas,
Poder vê-las, senti-las, todos os dias
e poder contar com elas, sentir sua Luz e calor.

Assim são os amigos...
Luz nos momentos escuros,
Pão nos momentos de fraqueza,
e segurança nos momentos de desânimo,
.!!
É nascer e ter vivido, e não apenas existido.
E você é assim... uma estrela!

Que nossa Amizade continue tão forte e brilhante
como uma estrela...
Aquecendo com seu brilho, nossos corações

Quero voltar a ser feliz... autor desconhecido

Fui criada com princípios morais comuns.
Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança era a de que os “lanterninhas” dos cinemas nos expulsassem devido às batidas com os pés no chão quando uma determinada música era tocada no início dos filmes, nas matinês de domingo. Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos, e/ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder deseducadamente a policiais, mestres, aos mais idosos, autoridades. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais e mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror.
Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo que perdemos. Por tudo que meus netos um dia temerão. Pelo medo no olhar de crianças, jovens, velhos e adultos. Matar os pais, os avós, violentar crianças, seqüestrar, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidade de notícias policiais, esquecidas após o primeiro intervalo comercial. Agentes de trânsito multando infratores são exploradores, funcionários de indústrias de multas. Policiais em blitz são abuso de autoridade. Regalias em presídios são matéria votada em reuniões. Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Pagar dívidas em dia é bancar o bobo, anistia para os caloteiros de plantão. Não levar vantagem é ser otário.
O que aconteceu conosco? Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de anjo, pedófilos de cabelos brancos. Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Crianças morrendo de fome! Que valores são esses?Carros que valem mais que abraço, filhos querendo-os como brindes por passar de ano. Celulares nas mochilas dos recém saídos das fraldas. TV, DVD, vídeo-games...O que vai querer em troca desse abraço, meu filho? Mais vale um Armani do que um diploma. Mais vale um telão do que um papo. Mais vale um baseado do que um sorvete. Mais valem dois vinténs do que um gosto. Que lares são esses? Jovens ausentes, pais ausentes. Droga presente. E o presente? uma droga! O que é aquilo?Uma árvore, uma galinha, uma estrela, ou uma flor? Quando foi que tudo sumiu ou virou ridículo? Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho? Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado, sem sentir medo? Quando foi que me fechei? Quero de volta a minha dignidade, a minha paz. Quero de volta a lei e a ordem.Quero liberdade com segurança! Quero tirar as grades da minha janela para tocar as flores! Quero sentar na calçada e ter a porta aberta nas noites de verão. Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a vergonha, a solidariedade. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho no olho. Quero a esperança, a alegria. Teto para todos, comida na mesa, saúde a mil. Quero calar a boca de quem diz: “a nível de”, enquanto pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER”! E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa como um céu de abril, leve como a brisa da manhã! E definitivamente comum, como eu. Adoro o meu mundo simples e comum. Ter o amor, a solidariedade, a fraternidade como base. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito... Vamos voltar a ser “gente”? Discordar do absurdo. Construir sempre um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Não......se você e eu fizermos nossa parte e contaminarmos mais pessoas, e essas pessoas contaminarem mais pessoas......hein? Quem sabe?...

Luis Fernando Veríssimo

"Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere... Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde. Prazer faz muito bem. Dormir me deixa 0 km. Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha. Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos. Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias. Brigar me provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago. Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano. E telejornais... Os médicos deveriam proibir - como doem! Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada. Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde! E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda! Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna. Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! Cinema é melhor pra saúde do que pipoca! Conversa é melhor do que piada. Exercício é melhor do que cirurgia. Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente. Economia é melhor do que dívida. Pergunta é melhor do que dúvida. Sonhar é melhor do que nada!"

O Papa em Auschwitz - Henry I. Sobel

Encerrando sua viagem de quatro dias à Polônia, o papa Bento XVI fez uma visita carregada de emoção ao antigo campo de concentração nazista de Auschwitz. O próprio papa disse que fazer tal visita era "estarrecedor" para ele, como cristão e alemão, mas não podia deixar de fazê-la. Num gesto de grande sensibilidade, o papa optou por falar em italiano, e não em sua língua materna, o alemão, a fim de não ferir os sentimentos dos judeus, para quem a língua alemã está inextricavelmente associada aos horrores da era nazista.
Ao rezar durante uma cerimônia religiosa em memória das vítimas do Holocausto, o papa perguntou, com a voz embargada: "Por que, Deus, o Senhor se calou? Como pôde tolerar tudo isso? Onde estava o Senhor naqueles dias?"
Quando nos deparamos com o mal e a tragédia no mundo, é natural perguntarmos: onde está Deus? Como Ele pode deixar que tal coisa aconteça? A meu ver, porém, não são estas as perguntas primordiais. O que nos devemos perguntar não é onde está Deus, mas, sim, onde está o homem. Não como pode Ele, Deus, permitir que tais coisas aconteçam, mas, sim, por que ele, o homem, permite que essas coisas aconteçam. O que é que o ser humano tem feito para impedir as barbaridades?
O biógrafo de Sigmund Freud conta o caso de um importante cirurgião vienense que, ao se encontrar com Freud pela primeira vez, num corredor do hospital onde ambos trabalham, lhe mostrou um osso corroído pelo câncer, testemunho de uma vida que ele tinha sido incapaz de salvar, e lhe disse sentir-se profundamente magoado: "Sabe, doutor Freud, se algum dia eu me encontrar frente a frente com Deus, vou sacudir este osso em Sua face e perguntar-Lhe por que Ele permite uma doença destas." E Freud respondeu-lhe: "Se eu, algum dia, tiver essa oportunidade, vou formular a queixa de um modo diferente. Não vou indagar por que Ele permite o câncer, e sim por que Ele não deu a mim, ou ao senhor, ou a qualquer outra pessoa, a inteligência para descobrir a cura desta doença."

Antes de perguntarmos "onde está Deus", cabe-nos formular a outra pergunta: "Onde está o homem?" O que está fazendo o homem com o mundo que Deus lhe deu?

A 2ª Guerra Mundial e os campos de concentração constituem o maior desafio à teologia em nossa época. Creio que todas as religiões deveriam rever seus conceitos, tendo em vista o que Auschwitz e Treblinka nos ensinaram sobre Deus e o homem.

Quando Hitler proclamava publicamente sua perversa política racial, por que as pessoas concordaram em aceitá-lo como líder? Onde estava o homem quando os eleitores da Alemanha disseram: "Antes Hitler, com suas idéias esquisitas sobre os judeus, do que a inflação ou o socialismo"? Onde estava o homem quando Hitler subiu ao poder e começou a concretizar suas loucas ameaças? Onde estavam os advogados, os juízes, os médicos e tantos outros que seguiram e apoiaram passivamente os decretos de Hitler?

Se os advogados tivessem lutado pela dignidade de sua profissão, se os juízes tivessem defendido a justiça, se os médicos se tivessem importado com a vida humana, não haveria necessidade de perguntar mais tarde: "O que houve com Deus?"

Onde estava a Igreja? Onde estavam as autoridades eclesiásticas, tão prontas para exaltar a santidade da vida humana, enquanto milhões e milhões de vidas inocentes estavam sendo aniquiladas? Onde estavam os líderes dos governos aliados que deram um jeito de olhar para o outro lado e não conseguiram encontrar um canto em seus países para os judeus refugiados? Temos, certamente, o direito de perguntar onde estava Deus em 1940, mas temos o dever de perguntar, antes, onde estava o homem em 1940. O que poderia ele, homem, ter feito para impedir o inferno do Holocausto... e não fez?

Existe uma lenda sobre um rabino que se preparava para viajar de Israel para Roma. Na noite anterior à sua partida, ele teve um sonho no qual viu um mendigo esfarrapado sentado às portas de Roma. No sonho, ele ouviu uma voz que lhe dizia: "Vê este homem? Este é o Messias vestido de mendigo." O rabino acordou e não conseguiu mais esquecer o sonho. Continuou a pensar nele durante toda a viagem. Finalmente, ao aproximar-se de Roma, avistou um homem maltrapilho, sentado exatamente no local que havia visto no sonho. O rabino chegou-se a ele e questionou: "É verdade que você é o Messias?" E o homem respondeu: "Sim." O rabino, então, perguntou: "O que é que você está fazendo às portas de Roma?" E o homem replicou: "Estou esperando." Ao que o rabino retrucou: "Esperando?! Num mundo tão cheio de miséria, ódio e guerra, num mundo onde o povo de Israel está disperso e oprimido, num mundo onde existem crianças famintas, você está aqui, sentado, esperando?! Messias, pelo amor de Deus, o que é que você está esperando?" E o Messias respondeu: "Tenho esperado por você, para poder lhe perguntar, em nome de Deus, o que é que você está esperando."

A visita do papa Bento XVI a Auschwitz, no domingo, o fez reviver um capítulo muito doloroso da História humana. Diante das lápides simbólicas naquele local em que ocorreu o maior massacre de todos os tempos, o papa sentiu a necessidade de perguntar onde estava Deus enquanto a bestialidade nazista agia impune.

Com todo o respeito, permito-me responder ao Sumo Pontífice: Deus estava onde sempre esteve, esperando que os homens assumissem o seu dever.
Henry I. Sobel, rabino, é presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista e coordenador da Comissão Nacional de Diálogo Religioso Católico-Judaico, órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Fome de amor! Arnaldo Jabor

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que
disserem, o mal do século é a solidão" (já citei essa frase em uma
crônica antiga, mas ela sempre volta)!
Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra
notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias. Baladas
recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e
transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas
e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os
novíssimos "personal dance ", incrível.
E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho
sem necessariamente ter que depois mostrar performances sexuais dignas
de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois
saber que vão "apenas" dormirem abraçados, sabe essas coisas simples
que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde
que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão
distante de nós. Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no
site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!" "Eu sou pra casar!" até a desesperançada
"Nasci pra ser sozinho!" Unindo milhares ou melhor milhões de
solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos,
plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a
cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o
solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas
bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de
frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio,
démodé, brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos
fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja
frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai
descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e
cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!),
aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte
a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que
se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno
demais, pra quê pensar nele.
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma
advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o
que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o
vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me
aventurar a dizer pra alguém: vamos ter bons e maus momentos e uma
hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois vão querer pular fora,
mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me
arrepender pelo resto da vida.
Antes idiota que infeliz!
Pense bem nisso que aí está.

Sawabona Shikoba- Flávio Gikovate

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.
O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.
Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades.
E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.
Cada cérebro é único.Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um. O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.
Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

Caso tenha ficado curioso (a) em saber o significado de SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África quer dizer:
"EU TE RESPEITO, EU TE VALORIZO, VOCÊ É IMPORTANTE PRA MIM".
Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA que é :
"ENTÃO EU EXISTO PRA VOCÊ".

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Bob Marley

"Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, nem sempre porque tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que às vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele. Sou inconstante e talvez imprevisível. Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras. Nem sempre coloco em prática aquilo que eu julgo certo. Enfim, eu não devo explicação de quem eu sou, eu não exijo que me entendam, nem que me aceitem. São poucas as pessoas pra quem eu me explico."

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Sabedoria- Rubem Alves

Minha alma tem pressa...
Sobre Tempo e Jabuticaba

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver
daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como
aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas.As primeiras,
ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas,rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,cobiçando seus lugares,talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalômanos.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que,
apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso
cargo de secretário geral do coral. Lembrei-me agora de Mário de
Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos,
apenas os rótulos"...Meu tempo tornou-se escasso para debater
rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente
humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se
encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora,
não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados,
e deseja tão somente ser feliz.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor
absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena!
Basta o essencial!

Promessas Matrimoniais- (Mário Quintana)

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre:
"Promete ser fiel na alegria e na tristeza , na saúde e na doença , amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?”
Acho simplista e um pouco fora da realidade.

Dou aqui novas sugestões de sermões:

Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?

Promete saber ser amiga (o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?

Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?

Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar , assim como você a ela?

Promete se deixar conhecer?

Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?

Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?

Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?

Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?

Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim , declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Quando me amei de verdade... (Kim e Alison McMillen)

Auto-estima, autenticidade, amadurecimento, respeito, amor próprio
simplicidade, humildade, plenitude, saber viver...Fazem parte do seu dia-a-dia?
Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo, na hora certa e no momento exato.E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... Auto Estima
Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia,
meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades. Hoje sei que isso é... Autenticidade
Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de...Amadurecimento
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo
tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... Amor Próprio
Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre
e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é... Simplicidade
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão
e, com isso, errei muito menos vezes. Descobri a... Humildade
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado
e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente,
que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez.Isso é... Plenitude
Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente
pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco
a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Isso é... Saber Viver...
Não devemos ter medo dos confrontos...
Até os planetas se chocam e do caos nascem às estrelas...”

anônimo

"já fiz amigos eternos
já amei e fui amada
já fui amada e não amei
já tentei esquecer pessoas inesquecíveis
já tentei substituir pessoas insubstituíveis
já gritei e pulei de tanta felicidade
já vivi de amor
já perdoei erros quase imperdoáveis
já fiz coisas por impulso
já me decepcionei com pessoas q nunca pensei me decepcionar
já abracei pra proteger
já decepcionei alguém
já virei noites no telefone
já chorei sentado no chão do banheiro
já dei risada quando não podia
já fiz juras eternas
já chorei ouvindo música e vendo fotos
já liguei só pra escutar uma voz
já me apaixonei por um sorriso e por uma voz.
Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça,
Já corri pra não deixar alguém chorando,
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
já dei e tomei sermão
já pensei q fosse morrer de tanta saudade
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para
sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol,
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos,
e a vida é mesmo um ir e vir sem razão..."
Mas...Vivi...! Vivo...!

Carlos Drummond de Andrade

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos a felicidade... A dor é inevitável! O sofrimento é opcional... Fé é colocar seu sonho à prova..."

William Shakespare

"O tempo é muito lento para os que esperam ,
Muito rápido para os que tem medo,
Muito longo para os que lamentam ,
Muito curto para os que festejam ,
Mas, para os que amam , o tempo é eterno."

autor desconhecido

“Sonhe com aquilo que você quiser... Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz! As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade..."

autor desconhecido

"Quando for amar, ame o mais profundo que puder... quando for falar, fale somente o necessário... quando for sorrir, procure sorrir com os olhos também... quando pensar em desistir, lembre-se da luta que foi começar e não desista! Quando quiser se declarar a alguém, faça isso sem medo do que essa pessoa pensará de você... quando sonhar, sonhe bem alto, bem longe... quando for partir não diga "adeus", diga que foi tudo maravilhoso... quando abraçar um amigo, abrace com carinho e lembre desse abraço por toda vida! Quando precisar de ajuda, não se envergonhe de pedir socorro... quando sentir raiva de alguém, ore e peça luz para essa pessoa.
Quando tentar algo de novo na vida, tente pra valer, mude, arrisque-se, viva intensamente."

Antes de ser mãe... (Van Lyra Knight Fire)

“Antes de ser mãe eu fazia
E comia alimentos ainda quentes
Eu não tinha roupas manchadas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.

Antes de ser mãe eu dormia
O quanto eu queria
E nunca me preocupava
Com a hora de ir para a cama.

Antes de ser mãe eu limpava
Minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos
Nem pensava em canções de ninar.

Antes de ser mãe eu não me preocupava
Se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas eram
Coisas em que eu não pensava.

Antes de ser mãe eu tinha
Controle sobre a minha mente,
Meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos.
Eu dormia a noite toda ... Sem me preocupar...

Antes de ser mãe eu nunca tive
Que segurar uma criança chorando
Para que médicos pudessem
Fazer testes ou aplicar injeções.

Antes de ser mãe eu nunca chorei olhando
Pequeninos olhos que choravam.
E nunca fiquei gloriosamente feliz
Com uma simples risadinha.

Antes de ser mãe nunca fiquei sentada
Horas e horas olhando um bebê dormindo.
Nem segurei uma criança
Sem querer afastar meu corpo do dela.

Antes de ser mãe eu nunca senti meu coração se despedaçar
Quando não pude estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina
pudesse mudar tanto a minha vida.

Antes de ser mãe
Eu nunca imaginei que pudesse
Amar alguém tanto assim.
Eu não sabia que eu adoraria ser mãe.

Antes de ser mãe eu não conhecia a sensação
De ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Eu não conhecia a felicidade de
Alimentar um bebê faminto.

Antes de eu não conhecia esse laço que
Existe entre a mãe e a sua criança.
Eu não imaginava que algo tão pequenino pudesse
Fazer-me sentir tão importante.

Antes de ser mãe eu nunca me
Levantei à noite a cada 10 minutos
Mesmo em frias madrugadas
Para me certificar de que tudo estava bem!

Antes de ser mãe, eu tinha controle
sobre minha mente, meus pensamentos,
meu corpo, meu coração, meus sentimentos.

Antes de ser mãe
Nunca pude imaginar o calor,
A alegria, a plenitude o amor, a dor
E a satisfação de ser uma mãe!

Antes de ser mãe...
Eu não conhecia a felicidade!!!"

Personal da Diversão Existe- Orlênia Maria

Prova de amor e amizade
27 de setembro de 2007.

Você conhece Neusinha? Essa mesma. Nascida de pessoas raríssimas (e ainda dividindo o dia comigo), loira, alva, publicitária, relações públicas, colunista de cor e pb das rodas sociais, gigantes ou nanicas, é a pessoa que importa. Brasileira toda vida, mas além fronteiras seus contos cheios de enredo, que são para mais de mil, causam inveja e dão água na boca de muita gente.
Bem, no ar ou no mar, esse furacão tira o sossego de quem quer que seja, basta voar, navegar ou melhor: chegar e narrar. O que era calmo e silencioso, deixaram de ficar, a seriedade do ambiente desaparece e nem sua vida será a mesma depois de conhecer Neusinha. Sabe por que? Porque ela é boa. O encontro de Neusinha com uma pessoa é uma festa, com várias é um espetáculo, com platéia então, não fica um sem morrer de rir e muito menos algum querendo que ela se vá. Você não vai ver Neusinha sem o seu tempero sacana e sem suas tiradas no melhor estilo leve e livre. Até para mostrar o quanto emagreceu, a hilária só falta nos fazer de cabide. Ela mata a cobra e mostra o pau.Viciada em ar condicionado, coca-cola e charme longo, mantém essas preferências a qualquer preço. Não aceita nada parecido somente os originais. Isso mostra sua personalidade: é fiel, custe o que custar, à suas escolhas. Ah! Tem ainda os remedinhos pra tomar e pra dar a quem precisa. Ah, ah!!! Tem também a internet...
Pra simplificar Neusinha resolve tudo. Com pressa, agilidade física e mental, inquietude, eletricidade e camaradagem mesmo que tudo isso, pra complicar, dê num grande rolo. Mas com desenvoltura ela rearruma e põe tudo no lugar. Sabe por que? Porque ela é boa... Vai ser difícil ver Neusinha sem ter o que fazer ou contar. Contar é com ela mesma e conta tudo direitinho se não considerarmos os exageros, as lunações e o folclore. Mas descrever Neusinha é pura pretensão, porém, o escrito tem um pouquinho de propriedade, pois quem o fez tem a experiência de já ter sido tirada de um centro cirúrgico. É que a grata persona é apressada e não sossega enquanto aguarda: ela resolve e pronto.Muito engraçada quando quer e quando não quer estar sozinha. A moça trás algumas seguranças: bom humor sempre, preocupação com a filha de minuto em minuto, celular que não pára, riso gostoso na certa, muitos comentários da própria vida, uma coca, um café, um cigarro, um remedinho, um vai e vem sem sossego e a pressa de viver como se a vida a qualquer momento tivesse a coragem de detê-la.Tudo por causa de uma arritmiazinha boba que só acontece por que ela é boa e seu coração melhor ainda, já que tudo suporta sem dar nenhuma “crise”. “CRISE”??? (Fica tranqüila, algo me diz que não será assim, não de uma hora para outra, sem combinar com a gente primeiro, ora, pois, pois). Mas sabe por que? Porque ela realmente é boa...Bom mesmo é ter privilégios, como desfrutar de sua mesa, aliás, posta todos os dias, e desfrutar ainda de um cardápio no melhor estilo à la carte. Sem contar com o clima aconchegante de sua casinha, que também podemos chamar de lojinha do tudo, de tanto mimo que há. Quando abre a mala, sai de baixo, pois o dividendo é concorrido. Bem, Neusinha é mais: prestimosa, atenciosa, camarada, gentil, solícita, divertida, apressada, barulhenta, inteligente, amiga, sensível e boa, claro! Claro mesmo é dizer a verdade: é ela que se define como boa. (Eu aqui só apanhei emprestado e já estou devolvendo e concordando, pra ficar mais claro ainda, ok?)Só um único adendo: escrever isso foi possível pela ausência. Sentida, mas necessária ao dizer que PERSONAL DA DIVERSÃO EXISTE e me atende como cara-metade. Não fosse isso, nada feito, sequer por fazer ou até mesmo, minha loira querida, com a intenção de.Cá para nós, quem não conhece o melhor de Neusinha, precisa conhecer.

Uma homenagem de amiga para amiga,
Orlênia Maria.

Passar – Olegário Mariano

Retive em minhas mãos a volúpia das tuas
E na boca, o sabor do beijo invulgar...
No céu passaram sóis e declinaram luas
A fiandeira do tempo envelheceu a fiar
Senti na minha pele a caricia abrasada da tua;
A ultima paz do sol crepuscular
Tudo passou como os viandantes pela estrada
Só o amor não passa e nunca há de passar
Passam as andorinhas
Passa o vento esfrolando num beijo a alva espuma do mar
Passam as horas na avidez dos movimentos
Tudo nasceu cresceu viveu para passar
Só o amor penetrando as mais fundas entranhas
do ser humano continua a germinar
O amor não passa, tem a vida das montanhas...
O amor é eterno como as montanhas do mar ...
Eu sim, eu passarei, e nos meus dias sombrios...
Não há de ficar sequer, um risco de asa no ar...
Passar é sorte efêmera dos rios, o destino das caravanas é passar...
Eu sim, eu passarei, para ser na emoção dos estantes finais...
Um pensamento do teu pensamento, um corpo do teu corpo e nada mais.

Viver não dói .... Carlos Drummond de Andrade

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos, não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos, não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias ,se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos, não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos, não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Iludindo-se menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Encerrando um Ciclo - por Paulo Coelho

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Pedido de demissão

Venho por meio desta, apresentar oficialmente meu pedido de demissão da categoria dos adultos. Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades e as idéias de uma criança de 8 anos no máximo.Quero acreditar que o mundo é justo e que todas as pessoas são honestas e boas.Quero acreditar que tudo é possível, quero que as complexidades da vida passem desapercebidas por mim e quero ficar encantada com as pequenas maravilhas deste mundo.Quero de volta uma vida simples e sem complicações.
Cansei dos dias cheios de computadores que falham, montanha de papeladas, notícias deprimentes, contas a pagar, fofocas, doenças e necessidade de atribuir um valor monetário a tudo que existe.Não quero mais ter que inventar jeitos para fazer o dinheiro chegar até o dia do próximo pagamento. Não quero mais ser obrigada a dizer adeus a pessoas queridas, e com elas, a uma parte da minha vida.Quero ter a certeza de que Deus está no céu, e de que por isso, tudo está direitinho nesse mundo
Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel que eu vou navegar numa poça deixada pela chuva. Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo para olhar as ondas que elas formam.Quero achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada.
Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju, a primeira manga ou quando a jabuticabeira ficar pretinha de frutas.Quero poder passar as tardes de verão à sombra de uma árvore,construindo castelos no ar e dividindo-os com meus amigos.
Quero voltar a achar que chicletes e picolés são as melhores coisas da vida.
Quero que as maiores competições em que eu tenha que entrar seja um jogo de bola de gude ou uma pelada. Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia era nome das cores, a tabuada, as cantigas de roda, a “Batatinha quando nasce...” e a “Ave Maria” e que isso não me incomodava nadinha, porque eu tinha a menor idéia de quantas coisas eu ainda não sabia. Quero voltar ao tempo em que se é feliz, simplesmente porque se vive na bendita ignorância da existência de coisas que podem nos preocupar ou aborrecer.Quero acreditar no poder dos sorrisos, dos abraços, dos agrados, das palavras gentis, da verdade, da justiça, da paz, dos sonhos, da imaginação, dos castelos no ar e na areia.Quero estar convencida de que tudo isso... vale muito mais do que o dinheiro! Demita-se você também dessa vida chata de adulto, pelo menos por hoje e não tenha medo de ser feliz!!!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Trilogia de um anjo!- Saulo Fernandes

Hoje eu acordei mais cedo e fiquei te olhando dormir imaginei algum suposto medo para que, tão logo, pudesse te cobrir...Tenho cuidado de você todo esse tempo,você está sobre o meu abraço e a minha proteção...Tenho visto você errar e crescer, amar e voar, você sabe onde pousar. Ao acordar já terei partido, ficarei de longe, escondido, mas sempre perto, de certo, como se eu fosse humano,vivo! Vivendo pra te cuidar, te proteger, sem você me ver, sem saber quem eu sou, se sou anjo ou se sou seu amor. Afinal, quem eu sou? sou anjo ou seu amor? tenho asas? anjos protegem, cuidam, aparecem invisíveis, humanos também quando amam, quero dizer que já não importa, saber de onde vem, se tudo que sou é amor, mas se ainda assim quiser voar, te apresento as estrelas,te mostro outros alados,Deus, a vida celeste, até voltarmos para casa, mais uma vez, humanos,nos amarmos, até morrermos, para dizer que é seu o anel, sou seu amor na terra, e seu anjo no céu...

Resista um pouco mais....

Há dias em que temos a sensação de que chegamos ao fim da linha.
Não conseguimos vislumbrar uma saída viável
para os problemas que surgem em grande quantidade.
Com você não é diferente. Você também faz parte
deste mundo cheio de provas e sofrimentos.
Desta escola chamada Terra. E já deve ter passado
por um desses dias, e pensado em desistir...
No entanto vale a pena resistir...
Resista um pouco mais, mesmo que as feridas latejem
e que a sua coragem esteja cochilando.
Resista mais um minuto e será fácil resistir aos demais.
Resista mais um instante, mesmo que a derrota seja um ímã...
Mesmo que a desilusão caminhe em sua direção.
Resista mais um pouco mesmo que os pessimistas
digam para você parar... mesmo que sua esperança esteja no fim.
Resista mais um momento mesmo que você
não possa avistar, ainda, a linha de chegada...
mesmo que a insegurança brinque de roda a sua volta.
Resista um pouco mais, ainda que a sua vida
esteja sendo pesada na balança dos insensatos,
e você se sinta indefeso como um pássaro de asas quebradas.
As dores, por mais amargas, passam...
Tudo passa...
A ilusão fascina, mas se desvanece...
A posse agrada, porém se transfere de mãos...
O poder apaixona, entretanto, transita de pessoa.
O prazer alegra, todavia é efêmero.
A glória terrestre exalta e desaparece.
O triunfador de hoje, passa, mais tarde, vencido...
Tudo, nesta vida, tem um propósito...
A dor aflige, mas também passa.
A carência aturde, porém, um dia se preenche.
A debilidade física deprime, todavia, liberta das paixões.
O silêncio que entristece, leva à meditação que felicita.
A submissão aflige, entretanto fortalece o caráter.
O fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se.
A situação muda, como mudam as estações...
O verão brinca de esconde-esconde com a brisa morna,
mas cede lugar ao outono, que espalha suas tintas sobre a folhagem.
O inverno chega e, sem pedir licença, congela a brisa e derruba as folhas.
Tudo parece sem vida, sem cor, sem perfume...
Será o fim? Não! Eis que surge a primavera
e estende seus tapetes multicoloridos,
espalhando perfume no ar e reverdecendo novamente a paisagem...
Assim, quando as provas lhe baterem à porta,
não se deixe levar pelo desejo de desistir... resista um pouco mais.
Resista, porque o último instante da madrugada
é sempre aquele que puxa a manhã pelo braço...
E essa manhã bonita, ensolarada, sem algemas,
nascerá para você em breve, desde que você resista.
Resista, porque alguém que o ama está sentado
na arquibancada do tempo, torcendo muito para
que você vença e ganhe de Deus o troféu
que tanto deseja: a felicidade...
Não se deixe abater pela tristeza.
Todas as dores terminam.
Aguarde que o tempo, com suas mãos
cheias de bálsamo, traga o alívio.
A ação do tempo é infalível, e nos guia
suavemente pelo caminho certo, aliviando nossas dores,
assim como a brisa leve abranda o calor do verão.
Mais depressa do que supõe, você terá a resposta,
na consolação de que necessita.
Por tudo isso, resista... e confie nesse
abençoado aliado chamado TEMPO.

“Senhor, conceda-me a serenidade necessária
para aceitar as coisas que eu não posso mudar,
coragem para mudar as que eu posso e sabedoria
para distinguir umas das outras.”

Paulo de Tarso

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos,
e não tivesse amor, seria como o metal que soa
ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia,
e conhecesse todos os mistérios,
e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes,
e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha
fortuna para sustento dos pobres,
e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado,
e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso;
o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência,
não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas;
havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas,quando vier o que é perfeito,
então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino,
sentia como menino, discorria como menino,
mas, logo cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma,
mas então veremos face a face; agora conheço em parte,
mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,
estes três, mas o maior destes é o AMOR!"

Razão para viver...autor desconhecido

Pessoas entram na sua vida por uma "Razão",
uma "Estação" ou uma "Vida Inteira".

Quando você percebe qual delas é,
você vai saber o que fazer por cada pessoa...

Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"...é,
geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou.
Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade,
te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física,
emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer
como uma dádiva de Deus, e elas são! Elas estão lá
pela razão que você precisa que elas estejam lá.
Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte,
ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer
ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim.
Às vezes, essas pessoas morrem. Às vezes, elas simplesmente se vão.
Às vezes, elas agem e te forçam a tomar uma posição.
O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas,
nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feitos.
As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação",
é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender.
Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir.
Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez.
Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer.
Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".

Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam
lições para a vida inteira: coisas que você deve
construir para ter uma formação emocional sólida.
Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que
você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos
e áreas de sua vida.É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigada por ser parte da minha vida.

"Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado.
Dance como se ninguém estivesse te observando."

"O maior risco da vida é não fazer NADA."

Oswaldo Montenegro

“Que a força do medo que tenho, não me impeça de viver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito, não me tape os ouvidos e a boca. Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra é silêncio! ... Que o medo da solidão se afaste. Que o convívio comigo mesma,se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita em meu rosto, um doce sorriso que me lembro ter dado na infância. Porque metade de mim é lembrança do que fui,a outra metade eu não sei. E que a minha loucura seja perdoada... Porque metade de mim é amor, e a outra metade ... também!”

Aprendi (William Shakespeare)

Aprendi que:
Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela;
Que quando penso saber de tudo, ainda não aprendi nada;
Que a natureza é das coisas mais belas do mundo;
Que amar significa dar-se por inteiro;
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos;
Que se pode conversar com as estrelas;
Que se pode fazer confidências com a lua;
Que se pode viajar além do infinito;
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem a saúde;
Que sonhar é preciso;
Aprendi que se aprende errando;
Que o silêncio é a melhor resposta quando se ouve uma bobagem;
Que trabalhar não significa ganhar dinheiro;
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos;
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim;
Que a maldade pode se esconder atrás de uma linda face;
Que se deve ser criança a vida toda; Que nossa alma é livre;
Que o que realmente importa é a paz interior;
Aprendi que se pode conhecer bem uma pessoa pela forma
como ela lida com três coisas: um dia chuvoso, uma bagagem
perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçaram.
Aprendi que não importa o tipo de relacionamento que tenha
com seus pais, você sentirá falta deles quando partirem.
Aprendi que saber ganhar a vida não é a mesma coisa que saber vivê-la.
Aprendi que a vida às vezes nos dá uma segunda chance.
Aprendi que viver não é só receber, é também dar.
Aprendi que se você procurar a felicidade, vai se iludir.
Mas se focalizar a atenção na família, nos amigos,
nas necessidades dos outros, no trabalho,
procurando fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo.
Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto.
Aprendi que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para outros.
Aprendi que diariamente preciso alcançar e tocar alguém.
As pessoas gostam de um toque humano - segurar na mão,
receber um abraço afetuoso ou simplesme
nte um tapinha amigável nas costas.
Aprendi que ainda tenho muito que aprender.
As pessoas se esquecerão do que você disse...
Esquecerão o que você fez...
Mas nunca esquecerão de como você as tratou.
E finalmente aprendi que não se precisa morrer para aprender a viver!

Sobre o tempo... de Sophia Mello Andresen

Este é um fragmento de um canto a Chronus, Deus do Tempo:
“Cada dia te é dado uma só vez. E no redondo círculo da noite,
não há piedade para aquele que hesita. Mais tarde será tarde, e já é tarde.
O tempo tudo apaga, menos este longo e indelével rastro que o não vivido deixa.”

Desejos de Victor Hugo

“Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar".

Luiz Fernando Veríssimo

Pros erros há perdão;
pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis,tempo...
De nada adianta cercar um
coração vazio ou economizar alma.
O romance cujo fim é instantâneo
ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar...
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando,vivendo que esperando...

Reflexão...Doçura por Brahma Kumaris

Doçura é a maestria dos sentidos...
Olhos que vêem o fundo das coisas, ouvidos que escutam o coração das coisas, boca que fala a essência das coisas.
Doçura é o resultado de uma longa jornada interior ao âmago da vida e a habilidade de lá descansar e assistir.
O que é realmente doce nunca pode ser vítima do tempo, porque doçura é
a qualidade da pessoa cuja vida tocou a eternidade.

Eu te amo- de Luiz Alfredo Magalhães

Eu te amo
E não sei mais o que fazer:
Com esta distância,
Com esta angústia.

Eu te amo
E duvido, como um apaixonado,
de tudo que for comum
nesse nosso amor...

Eu te amo
E sofro a felicidade apressada
de tê-la um dia ao meu lado.

Eu te amo
E caio de boca, saliva, raiva e ciúme
em cima de ti.

Eu te amo e ansiosamente renovo
essa esperança de fim de semana.

Eu te amo
E estou atordoado por pensar
que não estou te amando
tanto quanto devia.

Porque eu te amo
E me preocupo em te mostrar esse amor:
nas horas certas (?)
tão incertas...

Eu te amo
E estou triste e preocupado
porque eu te amo e estou distante...

(Para Neusa- 1981)

Seja- Douglas Macloch

Se você não pode ser um pinheiro no topo da colina,
Seja um arbusto no vale, mas seja...
O melhor arbusto do regato.

Se você não pode ser um ramo,
Seja um pouco de relva,
Mas dê alegria a algum caminho.

Se não pode ser almíscar
Seja apenas uma tília,
Mas a tília mais viva do lago.

Nós não podemos ser todos capitães...
Temos que ser tripulação!
Há muita tarefa para todos nós aqui,
Umas grandes e outras menores
E a próxima, é a que teremos que empreender.

Se não pode ser o sol,
Seja uma estrela!
Se não pode ser uma estrada,
Seja uma senda!.
Mas, seja, o melhor que você pode ser...
Não é pelo tamanho
que você vai ter êxito ou fracasso.

Coração devagar... de Walter Siqueira

Meu coração não tem pressa...
Deixe-o bater assim compassado,
um compasso de espera por estar cansado.
Meu coração quer a paz de ficar quieto!
Não quer se afligir numa ilusão fugaz
numa quimera...
Meu coração não tem pressa
Nem pra morrer, confesso...
De tão cansado; espera!
Mas, quando tiver que acontecer
e no instante for preciso;
a Deus, nem peço, aviso:
Deixe-o levitar em paz;
em sossego; mudo!...
Sem prantos e sem apego.
Em serena calma;
para restar, somente em tudo,
A displicente sombra da minh’alma.

trovinhas do meu pai- Walter Siqueira

“No meu caminhar sem fim
Pelas ruas onde ando
Vejo um anjo atrás de mim
È Jesus me acompanhando.”


“Há muita fraternidade
E muitos pontos de luz
No caminho e na verdade
Do amado mestre Jesus.”

(Walter Siqueira é médico, escritor, poeta
membro da Academia Campista de Letras)

Porque te amo - de Luiz Alfredo Magalhães

Não cisme, não entristeça, não esmoreça,
Porque eu te amo.

Não se preocupe, não se desgaste, não se afaste,
Porque eu te amo.

Não chore, não grite, não se irrite,
Porque eu te amo.

Não cale, não fale, não se omita,
Porque eu te amo.

Não faça nada, desfaça tudo, recomece,
Porque eu te amo.

Não me ature, não me culpe, não me mate,
Porque eu te amo.

Não se impaciente, não se acomode, espere,
Porque eu te amo.

Não peça perdão, me perdoe, e vice-versa
Porque eu te amo

Não diga não.
Não diga,
Não!
Porque eu te amo.

Por tanta coisa , por tanta vida, por tanto amor
Que me destes,
Não se esqueça principalmente,
Que eu te amo.

( Para Neusa- 1981)

Saiu no Jornal do Brasil em out de 1981


“Ai, amor, assim não pode ser...
Ai, amor, assim não pode.
Ai, amor, assim não.
Ai, amor, assim.
Ai, amor
Ai.”

"Seu Nome" de Luiz Alfredo Magalhães

 (Para Neusa)- 1981

Eu não! Eu não quero! Eu não quero morrer,sem te dizer que minha última palavra será teu nome...Gemido ou inconsciente, com a mesma consistência com que te amo... Não quero me arrepender de nesta vida ter deixado um instante em branco ao teu lado, nem na distância, nem nas horas em que a gente se deixa dominar pela resistência de não ser tudo um pro outro... Se você se esquecer de mim, certamente não será por causa dos defeitos, mas sim pela ausência do que não fui, quando você viveu essa esperança...Nem há de ser por ciúmes ou fantasias por troca ou por qualquer outra motivação: Há de ser porque deixei sua alma vazia de um sonho que alimentei... porque não largo as palavras sem as asas com que elas possam voar... nem meus sonhos por aí, à toa, pra impressionar. Não quero ficar na gaveta de tuas recordações, como este papel: Luto pra ser eterno em teu coração vermelho, pra gravar no céu este delírio coloquial, para passar como sal em teu corpo, onde nada nascerá que te dê tanto conforto, como esta minha paixão...

Quando vieres...de Débora Bellentani

Quando vier me visitar, Traga flores,muitas delas... Porém, não me traga apenas flores:Não se esqueça de juntar a elas: a beleza do seu sorriso, a ternura do seu olhar, a força do seu abraço...O calor dos seus beijos...Quando vier me visitar, traga flores,muitas delas...Mas não esqueça de tirar-lhes os espinhos que machucam, as folhas envelhecidas, os galhos secos, as dores embutidas... Quando vier me visitar, traga flores,muitas delas... Perfumadas, coloridas, alegres: todas parecidas com você! Quando vier me visitar, traga você por inteiro... As flores? Nem sei se vai precisar!

“Orientação dos Gatos”, Julio Cortázar

“...meu amor por Alana não aceita essa simplicidade de coisa concluída, de casal para sempre, de vida sem segredo. Por trás desses olhos azuis há mais, no fundo das palavras e dos gemidos e dos silêncios, alenta outro reino, respira outra Alana. Nunca a disse isso, a quero o suficiente para não despedaçar essa superfície de felicidade pela qual hão deslizado já tantos dias, tantos anos. À minha maneira me obstino em compreender, em descobrir; a observo mas sem espioná-la; a sigo mas sem desconfiar; amo uma maravilhosa estátua mutilada, um texto não terminado, um fragmento de céu inscrito na janela da vida...” Júlio Cortazar