sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Eternidade- Chico Xavier

O que eu tenho não me pertence embora faça parte de mim.Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador, para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida.Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas. É isso, tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que acontece por uma razão precisa.E não se lamente pelo ocorrido, além de não servir de nada reclamar, isso vai lhe vendar os olhos para continuar seu caminho. Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início. Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente.Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu;e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas.
Às nossas expectativas!!!E sabemos lá quais eram as suas expectativas? Nós tanto nos decepcionamos quanto decepcionamos os outros. Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém lhe disser que o magoou sem intenção, acredite nela! Vai lhe fazer bem, assim, talvez ela poderá entender quando você, sinceramente, disser que “foi sem querer.” Dê de você mesmo o quanto puder! Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui.Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo.
SEJA UMA BENÇÃO!Deus não vem em pessoa para abençoar. Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão.Todos nós podemos ser anjos.A eternidade está nas mãos de todos nós. Viva de maneira que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de encontrá-lo!!!

Fernando Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 - Lisboa, 30 de novembro de 1935)

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 - Lisboa, 30 de novembro de 1935)

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.E que posso evitar que ela vá a falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um 'não'. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Duas bolas, por favor - Danuza Leão

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.Uma só.Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano...A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.A gente sai pra jantar, mas come pouco.Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil'). Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.E por aí vai.Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão....Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções. Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente. OK? Não necessariamente nessa ordem.Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

domingo, 3 de janeiro de 2010

É tempo...Já não é sem tempo. - Walnize Carvalho

É tempo...
De comemoração.
De despedir-se de mais um ano que se foi e renovar pedidos.
Já não é sem tempo...
De reflexão.
De dar boas-vindas ao ano que chega e agradecer conquistas.
É tempo...
De encontrar amigos e festejar este momento sublime.
Já não é sem tempo...
De ir ao encontro de si mesmo e celebrar a cada instante o dom da vida.
É tempo...
De ofertar presente como prova de amizade.
Já não é sem tempo...
De ser presente na vida do próximo exercitando a qualquer tempo a solidariedade.
É tempo...
De arrumar e faxinar gavetas.
Já não é sem tempo...
De abrir a mente e dar uma limpeza geral nos seus conceitos e preconceitos.
É tempo...
De rasgar papéis entulhados e desnecessários.
Já não é sem tempo...
De arrancar folhas de rancor, intolerância e desamor do seu caderno de anotações.
É tempo...
De adquirir uma agenda nova e ficar ansioso por anotar compromissos.
Já não é sem tempo...
De olhar as páginas em branco da nova agenda e refletir sobre o mistério dos dias que virão.
É tempo...
De abrir janelas para ver o tempo lá fora e torcer para que a estação traga dias ensolarados.
Já não é sem tempo...
De escancarar as portas dos sentimentos e olhar seu “tempo interno” agradecendo a chuva (seus momentos de introspecção) ou o sol (seus momentos de alegria).
É tempo...
De recomeço e já não é sem tempo de reconhecer que todo recomeço traz em sua bagagem um perene exercício de aprendizagem.

Cortar o tempo- Carlos Drummond de Andrade

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente...
...Para você,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.
...Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.
Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua FELICIDADE!!!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Minha versão dos fatos... Vilmar Rangel

Reforma Poética
2009 foi o ano da Reforma Ortográfica.
Em casos como AUTOESTIMA, o hífen cai.A sua é que não pode cair.Em algumas palavras, o acento desaparece, como em FEIURA.Aliás, poderia desaparecer a palavra toda.O acento também cai em ideia,só que dela a gente precisa.E muito.O trema sumiu em todas as palavras,como em inconsequência, que também poderia sumir do mapa. Assim, a gente ia viver com mais TRANQUILIDADE. Mas nem tudo vai mudar.ABRAÇO continua igual.E quanto mais apertado, melhor.AMIZADE ainda é com "z", como vizinho, futebolzinho, barzinho.Expressões como "EU TE AMO" continuam precisando de ponto.Se for de exclamação, é PAIXÃO, que continua com "x",como ABACAXI, que, gostando ou não,a gente vai ter alguns para descascar.Solitário ainda tem acento, como Solidário, que só muda uma letra, mas faz uma enorme diferença. CONSCIÊNCIA ainda é com SC, como SANTA CATARINA, que precisa tocar a vida pra frente. Por falar em VIDA, bom, essa muda o tempo todo, e é por isso que emociona tanto. Um 2010 cheio da presença de Deus para você e sua família!

2010 é todo seu !

"Dessa vez, sou eu, o Ano novo, que vai fazer um pedido:
Aproveite o meu verão, curta os meus finais de semana,
Seja mais simpático com as minhas segundas-feiras.
Você tem 365 dias, escolha um deles para celebrar o amor.
Para você que luta e com isso descobre sua própria força,
siga em frente e tire seus planos do papel.
Realize suas melhores idéias e faça ser um ano inesquecível,
porque o momento chegou." 2010 é todo seu!
(texto do comercial do Banco do Brasil)

Tim Tim!!!

Um brinde ao que somos e desejamos ser;
Às nossas coerências e incoerências,
Às nossas decisões e indecisões.
Um brinde aos nossos erros e acertos
E às chances que tivemos para mudar, crescer.
Um brinde à luz que emana do afeto,
À incógnita do amanhecer,
Ao brilho do dia,
À sutileza do pôr do sol,
Ao mistério da noite.
Um brinde à música que se ouve e chora de emoção.
Um brinde ao beijo dado, que ficou na lembrança,
E ao beijo desejado, apenas sonhado.
Um brinde às loucuras cometidas em nome do amor;
Aos amores passados, presentes e futuros.
Um brinde à saudade - porque marcou a presença -
E à presença que deixou saudade.
Um brinde a VOCÊ, a MIM, a NÓS!
Brindemos, pois, à VIDA!
Que ela nos dê força para sermos quem somos.
E nos conduza muito mais além.

Para iniciar o novo ano...

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,

Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga “Isso é meu”,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

Victor Hugo – França – *1802 +1885