segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Meu Testamento

"Um dia, após certifica-se de que as funções vitais de meu cérebro cessaram, um médico atestará meu óbito.Quando isso ocorrer, não tente prolongar minha vida artificialmente.Em lugar disso, dê minha visão a quem nunca viu o nascer do sol,o rostinho de uma criança ou o amor nos olhos de uma mulher.Dê meu coração a quem sempre sofreu distúrbios cardíacos.Dê meus rins para quem depende da máquina para existir a cada dia .Tire meu sangue, meus ossos, cada músculo e nervo do meu corpo, mas arranje um jeito de fazer uma criança aleijada andar sozinha.Explore cada centímetro do meu cérebro.Tire minhas células, se necessário, e deixe-as crescer para que um dia, um garotinho mudo possa gritar quando seu time marcar um gol, ou uma menina surda possa ouvir o som da chuva batendo na janela.Queime o que restar de mim, e atire as cinzas ao vento para que ajudem as flores a crescer.Mas se você quiser enterrar alguma coisa de mim, que sejam as minhas fraquezas, minhas falhas e todo preconceito que eu possa ter tido para com o próximo.E se você quiser lembra-se de mim, faça-o através de uma boa ação ou palavra amiga a qualquer pessoa necessitada.Se você fizer tudo que pedi, viverei para sempre..."

Antônio Alves
(Extraído da Revista Espírita Allan Kardec)

Nenhum comentário:

Postar um comentário